Livros do Mês de Junho: Alice no País das Maravilhas

    No livro do mês de junho trago o enigmático livro de Lewis Carroll(Charles Lutwidge Dodgson), Alice no País das Maravilhas conta a história de Alice que ao perseguir um apressado coelho de colete até sua toca se vê num mundo diferente e semelhante ao seu(?), tudo isso seguindo uma linguagem subjetiva numa história que definitivamente não é infantil. Existem muitos mistérios envolvendo a trama, mas aquelas que pude verificar são:
    1º A história de Alice contada em filmes e livros infantis, assim como suas varias versões é totalmente modificada para que se encaixe ao perfil do público alvo, mas a história traduzida do texto do autor original demonstra uma história focada no minimo para leitores juvenis, a linguagem usada para descrever tamanho e distância pode confundir crianças por defini-las por centímetros, metros e quilômetros; também podem ser encontradas palavras difíceis para a compreensão de crianças, somente esses detalhes afugentam o publico infantil deste clássico.
    2º A história foi erroneamente classificada como nonsense, mas em cada capitulo é mostrado mais e mais elementos subjetivos e abstratos, fazendo com que a história faça sentido e ao mesmo tempo permitindo ao leitor fazer especulações sobre seus mistérios.
    3º Lewis Carroll se baseou numa adorável garota com o mesmo nome para fazer a história, existem muitas especulações sobre a relação de Lewis com a Alice verdadeira, mas nada disso é refletido na história, a única coisa distorcida é a lógica que por sinal, segue uma linha de raciocínio bem infantil.
    Essas são as únicas afirmações possíveis de se fazer da obra, qualquer afirmação que façam além dessas deve ser considerada somente opinião, é importante que tenha isso em mente antes de ler pois existem muitas analises que partem para o pessoal, como exemplo existem hipóteses que afirmam que Alice morreu em algum momento em que perseguia o coelho, outra hipótese é que no momento que Alice aumenta e diminui de tamanho ela esta passando pela puberdade, uma terceira hipótese seria que todos os locais e personagens que Alice encontra são sátiras referentes a pessoas e locais reais tudo para que Alice verdadeira entendesse, uma vez que a primeira versão contada era somente para a mesma. Me senti tentado em criar minha própria hipótese que é esta que escrevo a seguir:
    Tudo leva a crer que a história segue o raciocínio de Alice, o País das Maravilhas não é nada mais que sua imaginação imposta sobre a realidade, um faz de conta, os personagens humanos são crianças e pessoas das quais Alice acredita ter semelhança, essas crianças também estão brincando, mas de sua maneira: A Rainha é uma criança mimada que acredita que pode mandar em tudo e acha que todo o resto é um reino que esta ao seus pés e o Rei é seu irmão um pouco mais velho do qual precisa acatar tudo que sua irmã diz, o Chapeleiro Louco é uma criança brincando de a hora do chá com um relógio quebrado que alguém lhe deu, a Duquesa é uma criança bondosa que a principio esta brincando de casinha, geralmente gosta de contrariar as brincadeiras da Rainha; os animais são adultos ou pessoas que Alice considera bem mais velhas do que ela, a associação com animais acontece devido a uma brincadeira de criança em associar pessoas à animais, algumas vezes nos pegamos fazendo esse tipo de comparação, como por exemplo "Emerson Fittipaldi parece um rato", isso também serve de forma oposta, quando Duquesa esta segurando um bebê que não para de chora, mais tarde ao olhar para o rosto do bebê, Alice descobre que ele na verdade é um porco que estava relinchando; o fato de Alice aumentar e diminuir de tamanho seria equivalente ao fato dela ser desajeitada e esbarrar em tudo, dando a impressão de que tudo é pequeno ou ela que é grande; as conversas a principio sem sentido, são justificadas a partir do momento que levamos em conta que uma criança muito nova pra compreender algo esta ouvindo conversa de adulto ou imitando uma conversa de adulto, por essas e outras é possível sentir uma critica aos adultos e seus conflitos(muitas vezes sem sentido), Alice em algum momento da história cai num sono e sonha com o desfecho que é o julgamento, confundindo a tarde de faz de contas com os sonhos e acordando no colo de sua irmã.

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